sexta-feira, 19 de outubro de 2018


 Desatino ***
Que grito é esse que explode esparramando larvas
Como um vulcão adormecido que eclode do nada
Que solidão tamanha...
Que desatino é esse que rasga o véu da inércia
Deixando-te despida das couraças
Que dor tamanha te encobriu tempo afora
Que agora aflora enlouquecido
Cobrando vida, sentimentos e esperanças.
Que tempo é esse que corre e grita
Silencia e alimenta o nada
Que trapaça... Que desgraça te feriu a alma
Para purgares teu desalento
Como larvas corrosivas rasgando tua carne
Deixando-te em frangalhos
Que tempo é esse que não perdoa
A criatura mortal de amar
Amar com toda sua alma vulnerável
Que só pediu um pouco do muito que poderias dar
Egoísta não percebeu o quanto te feria
Deixando-te sozinha
Sem saber o que fazer desse amor.
São Paulo, 05 de dezembro de 2005.



Ausência


Ausência de Mim
Ando por caminhos íngremes
Onde o vento espalha nuvens
Num céu sombrio
Ando a procura de mim
Dos sonhos... Que um dia sonhei
E que perdidos ficaram
Por caminhos estranhos de mim
Onde deixei minh’alma divagar
E se esvair de mim
Pelos caminhos que caminhei sozinha
Ausente de mim...
Deixei um pouco do muito que fui
Ou do nada que sou,
Em cada lugar... Estranhos, sombrios,
Onde o silencio persiste em estreitar
Seus laços em torno de mim...
Darcy Bilherbeck
23/03/13

segunda-feira, 15 de outubro de 2018


A saudade chega devagar, sinto tua falta nos caminhos
Procuro ouvir o som dos teus passos... espero com ansiedade
Ouvir tua voz, ironia o caminho esta vazio
Assim como as lembranças que se aquietaram  em mim.
A tristeza chega, trazendo sons escondidos e silenciosos
Nas entrelinhas do pensamento, que insiste em vasculhar
As memórias, na vã esperança de te achar de novo. quem sabe, assim, reviver o passado em busca da alegria
E do brilho do teu olhar.
Neste afã de te buscar entre as recordações, me perco de mim
Entregando-me ao desejo do meu coração que sabe que vives em mim.
Assim, como o sangue nas veias, assim como o respirar, assim, como a esperança
Que se recusa a aceitar a tua ausência e cria a certeza que ao virar a esquina
Estarás a minha espera.
Sabendo que sigo sendo tua.
São Paulo 05 de fevereiro de 2018.
Darcy Bilherbeck.


sexta-feira, 12 de outubro de 2018



                                     Soltando as Amarras
Quisera soltar as amarras, qual veleiro
Atracado ao porto.
De alma liberta voaria qual gaivota desprendida do cais.
Seguiria meus instintos mais primitivos
E quem sabe alçaria voo rumo ao desconhecido, além dos picos rochosos e lá quem sabe trocaria minha roupagem
De dor que assola e aprisiona o meu espírito nesse momento
Ansioso por liberdade mesmo que fugaz
Teria então tempo para recompor e rever conceitos,
Sem questionar os “por quês” de toda dor e prova, deste
Longo tempo onde esteve cativo meus próprio limites.
Inerte, suspensa presa no sétimo andar, entre o espaço
Indefinido de ferro e concreto.
Contemplo um mundo de dor e desespero,
Entre estranhos caminhantes.
Quanto quis poder ausentar o espírito aflito
Das mazelas compartilhadas entre estranhos valores de cada um
Confinados em sua própria dor.
Queria poder partir simplesmente...
 São Paulo, 23/10/09.
Bilherbeck Darcy.

Porta Solidão
Aberta a todos os oprimidos
aos sem justa causa
àqueles que precisam de repouso
pode chegar a casa é sua
procure um canto, deixe suas tralhas
relaxe pois aqui...
cada um chegue de onde chegar
será sempre recebido com silencio
absoluto e ar puro.
se quiser pode abrir janelas
para além mar, para a noite escura
ou para o sol radiante.
Mas o silencio esse é absoluto
necessário.
Fique o quanto quiser, o quanto for preciso, nada é cobrado
só não faça nada ou desfaça da bagagem, largue-a onde quiser
ela estará no mesmo lugar se quiser te-la de volta, quando partir leve-a ou deixe-a como preferir
Aqui cada um chega e vai quando e como quiser você faz,
suas escolhas
volte,quando achar necessário a porta estará sempre aberta
para os que desejam de alguma forma acalmar as turbulências
que ela a vida te presenteia todos os dias e você não dá espaço,
pra que ela tire o peso dos dias cansativos e te de trégua
A solidão não é tristeza, não é destrutiva
A solidão é a forma de você estar em você mesmo
é tão real e necessária como abrir os olhos a cada vez que se dorme
A solidão é uma porta que só você tem a chave
sem lugar definido
não tem cor, não tem cheiro,não tem som, não tem surpresa é apenas vazio, limpo
pode ser no pico mais alto da montanha,
no verde das campinas,no regato da mata escura
no clarão do dia,no escuro das madrugadas,
numa noite de chuva, no manto das estrelas.
Só tem uma exigência
LEVE DEUS consigo Ele é a força que te fará
sair dela confiante e seguro de que tudo podes
SE NELE CONFIAR
Bilherbeck
São Paulo 16/04/14

                                 O Desconhecido

Você que eu não vi chegar
Veio de algum lugar indefinido.
Olhou nos meus olhos e como quem nada quer...
Deixou amor em mim
Descobriu em mim alguém desconhecido 
Viu em mim o que ninguém viu
Ensinou-me a amar a vida
Mostrou-me caminhos nunca antes trilhado...
Ensinou-me a rir de pequenas coisas
Que antes me faziam chorar
Ensinou-me amar!
Sem restrições, sem me sentir culpada pela forma de amar
Mostrou-me, o sol e as manhãs orvalhadas do inverno,
 Na primavera me ensinou a beleza da transformação, o dia em noite, a lua em sol, a chuva, as flores.
Disse-me que a dor e alegria fazem parte da vida,
 Que não devia temê-las, que vivenciá-las é parte de um todo.
 “Que eu deveria abrir os olhos da alma e ter olhos de” VER " e "OUVIDOS DE OUVIR".

Que a palavra machuca, mas também ensina, e sendo palavra deveria de tomar cuidado com ela,
 Pois já levantou e derrubou a muitos.
Que eu deveria amar incondicionalmente,
 Pois que sendo humana,
Também precisaria desse mesmo amor, pela vida afora.

                Darcy Bilherbeck.

                            26/11/14





                                             Itaipuaçu 14 de junho de 99
Metade de mim é realidade, a outra é contra censo
A realidade exige, cobra ação imediata urgente, premente.
A outra... Fantasia cria sonhos, quimeras ocultas
Estremeço anti as duas e me agarro com em frenesi
Não importa o que seja é premente seguir, fazer
Não posso me deixar abater, só os fracos caem,
Não permito que minha mente divague
Por muito tempo, pois receio cair e
Se cair, não tenho ninguém a me dar a mão.
É muito mais forte, que a dor do não ter nada.
Pois a outra metade ficou lá atrás, no passado,
Com todos os sonhos, todas as ilusões, o riso a alegria...
Não sei que gosto tem.
É como se tivessem me tirado a sensibilidade,
O direito de sentir, quando acreditei que deveria
Seguir em frente, acreditei que te deixando ao largo
Conseguiria... Só metade de mim seguiu, pois
A outra metade era você...
                Dbilherbeck.

                                                            Ausencia

Envolta em silencio, minha se aninha em meu peito carente de mim
Estive ausente...
Deixei meus sonhos se diluírem por ruas vazias de ti
E assim, me perdi da razão.
E neste vazio me deparei com agonias estranhas
Me perdi tantas vezes e tantas não me reconheci.
Caminhando por caminhos que so minha ilusão conhecia
Estive em atalhos obscuros onde as lagrimas formaram rios
De larvas incandescente.
Continuo por caminhos onde so minha alma conhece
Quero na lucidez do dia encontrar novos caminhos,
Quero me achar, tenho sede de mim, de abraçar meu corpo
Que ele seja so meu, mas como, se encontro você em todos
Os meus escombro, nas feridas ainda abertas por tua ausência
Ainda assim, nos raros momentos de calma e lucidez,
Me vejo nos teus braços e me perco outra vês...

      Ilha Bela, 12 de novembro de 2017.
                                  Bilherbeck Darcy.



                                                            Ausência

Envolta em silencio, minha se aninha em meu peito carente de mim
Estive ausente...
Deixei meus sonhos se diluírem por ruas vazias de ti
E assim, me perdi da razão.
E neste vazio me deparei com agonias estranhas
Me perdi tantas vezes e tantas não me reconheci.
Caminhando por caminhos que só minha ilusão conhecia
Estive em atalhos obscuros onde as lagrimas formaram rios
De larvas incandescente.
Continuo por caminhos onde só minha alma conhece
Quero na lucidez do dia encontrar novos caminhos,
Quero me achar, tenho sede de mim, de abraçar meu corpo
Que ele seja só meu, mas como, se encontro você em todos
Os meus escombro, nas feridas ainda abertas por tua ausência
Ainda assim, nos raros momentos de calma e lucidez,
Me vejo nos teus braços e me perco outra vês...

      Ilha Bela, 12 de novembro de 2017.
                                  Bilherbeck Darcy.