sábado, 20 de abril de 2013

(Sônia Shmorantz)

O tempo se esfumaça
na janela que se espreita a vida.
O alaranjado entardecer traz nostalgia
Como se a vida também desaparecesse.
Como o sol ao final de cada dia.
Não se vive uma história sem amor
Não se faz um caminho sem coragem
Não se passa os dias em branco.
Há em cada dia uma chegada e uma partida.
Coisas que estão além do bem e do mal.
Cada dia dia tem sua dose de ironia e de amor.
Sua dose de rotina  e sua dose de humor.
Mas quando chega ao final morrem com ele, tudo  que se passou, morremos nós.
Ficam as lembranças do que marcou.
o resto fica num labirinto de imagens, engavetados na memoria sem uso.
cada dia amanhece e anoitece a mesma hora,
cada um com seu destino ou desatino.
entre um e outro há o tempo que não volta.
O tempo parece brincar entre acasos e ocasos,
dias compridos, coisas novas e coisas velhas.
Depois desarruma tudo e vai embora...

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