terça-feira, 29 de março de 2011

À Sombra da Tua Mão

Me deixes ficar!
preciso te ouvir, para despojar dos ombros cansados
toda dor dos caminhos mal trilhados.
Quero trocar minha dor pela esperança que tens no olhar,
sei da Tua justiça, justifica minhas lutas, embora tantas veses te esqueci em meio do caminho...
Me deixastes andar tropegamente
calculastes meus erros e me destes desafios, até onde?
buscar a sabedoria que transborda dos Teus lábios
Tola não a reconheci, na tentativa de acertar  me perdi
nos atalhos do meu caminho.
Cansada e desiludida retorno ao zero.
Me deixes ficar! só quero te ouvir e te olhar, beber da tua luz e descansar a sombra da tua mão.
Me deixes existir!
aprender ...Se possível um novo geito de caminhar.
Abrir novos horizontes, no limiar da Tua bondade, que garante a liberdade de ser livre,
para errar e acertar, para amar e não ter vergonha de chorar, mas ter esperança de
alcansar a humildade de saber que nada sou
e reconhecer que nos Teus braços acharei a força necessária para lutar e vencer
Pois quero olhar no fim do tunel e ter a certeza que estarás lá...

                                    São Paulo,09 de abril de 1992.


                                                       Darcy Bilherbeck

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terça-feira, 15 de março de 2011

*** Meu Ser***















Minha mente é um oceano revolto
onde o pensamento resiste a furia
represada do não dá mais.
O sentimento se liberta e parte...
Rompendo barreiras impostas pela razão
que limitas as fronteiras da lógica aparente
que me mantem cativa e inerte...
quebrando as correntes, alça vôo em busca do
que ficou suspenso em algum lugar do passado
presente, que se choca entre o concreto hoje e o
abstrato que mora nas entre-linhas da emoção
já sou dois e as veses  sou tantos...Outros
visto-me de sonhos e me perco em você
As veses me visto de saudades e saio ás ruas a te procurar...
Me encontro na fantasia e te persigo em sonhos,
te componho versos loucos sem nenhuma razão,
por qualquer razão que não seja apenas esta
ãnsia louca e sem tamanha de ficar fora de mim,
pois o concreto que mora em mim, me apovora e  não ter você
me faz mergulhar no oceano da incerteza e da solidão...


          São Paulo, 15 de março de 2011.
                                                        

              Darcy Bilherbeck.

segunda-feira, 14 de março de 2011

*** Insone***

Minha alma divaga nas brumas entorpecidas da mente
na busca incessante do sol.
Perdido na covardia do preconceito aparente
que embotou meus sentidos,
que escravisou o meu querer,
na  encruzilhada  por onde se perderam...
meus sonhos de liberdade e amor.
Hoje restaram tantos caminhos
 não trilhados...
olho pra mim...o que foram feitos que  dos meus abraços
onde se calou az minha voz
esta mesma voz, que hoje...
clama por liberdade! olha so o que restou depois de tudo, tempo, espaços vazios, lacunas que se formaram

transformando o sonho de ser livre em algo inatingível, onde me acho divagando na solidão da noite
sentindo todo o silêncio da madrugada se instalando nos meus poros já tão sensíveis.
Quando o sono é um mero fragmento disperso pelos raios de sol entrando pelas frestas da janela
Me encontra insone a te procurar em mim como forma de liberdade para fugir de mim.
                     
                                São Paulo, 12 de março de 2011

                                      Darcy Bilherbeck.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Por Júlia Blanque
Outro dia estava pensando...
Temos H-O-R-R-O-R a ficar presos!
A-M-A-M-O-S a liberdade... Porém,
"estar liberto de quê?"
De pensamento?... Enterrando fatos mastigadérrimos, que não existem mais, não
somos um cemitério ambulante. De corpo? ... aceitando-se do jeito "perfeito" que é,
e não do perfeitinho desta década?
Então tá, ? Bingo! O negócio é liberdade em ser "você" mesmo.
Paradoxo colossal:
Somos "livres" e "presos", tantos compromissos, leis, regras, costumes, horários,
rotinas, obrigações... credo!
Caracas! Sempre a liberdade foi o tocante da humanidade! Ah, então beleza!
Vamos viajar e tirar umas feriazinhas!
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O corpo vai, mas à mente descontente, 15 dias nem molham a boca de praia seca.
Pois logo logo, retorna-se ao pesadelo da realidade atenta. Isso aí... bingo again!
"Estar em paz, para respirar a liberdade".
Então diga lá: Qual é a chave para matar esta saudade? Ah... é "somente" com
você, meu chapa! É problema seu! Você já teve "muitos" momentos
compartilhados, inesquecíveis... Mas... teve "raros" em ser a sua própria e "melhor"
companhia. Ei! Acorda! Lugar fora de você, é complemento! Pô, não perde tempo!
O de fora satisfaz...
Mas ruim consigo mesmo, um porre é! Individualismo e egocentrismo não... Né? A
liberdade está aqui ? bem dentro de ti! Paz consigo mesmo... é "não dever nada a
ninguém". É não estar amarrado à dívida emocional por alguém. É nenhuma dívida
material! Tantos encontros e desencontros... Sentimento não se abafa, se
transmuta incondicionalmente.
Meu Deus, aja nó! É um jiló de enlouquecer... engolir amar sem ser amado! Ganhar
e perder... outro porre, tenha dó! Diga lá, qual a mágica que traz a paz, a liberdade
do coração? Mas as famílias querem proteção... Responsabilidade nos atos... então
abraçe a felicidade, faça o seu melhor!
Não durma não! ... Chega de mentir a si mesmo e aos outros. É hora de acordar...
Se perdoar. Por que não fez seu melhor? Era só um pouquinho de persistência,
paciência... muito medo de amar! Calma, abaixe suas armas! As ondas vêm e
vão... Guarde seu veneno! Aceite a realidade, você próprio a cavou, tá no fundão!
Perdoe-se. Sei da sua raiva... você não mora na Vila dos Smurfs.
Posso lhe falar ? é possível perdoar...
Você é divino... então compreenda o outro, meu amor.
Viu? Assim nasce a gratidão... e grandes ensinamentos virão! E, não se esqueça
não... Seja G-R-A-T-O pelo Sol e pela Lua que "Ele te deu"... para lhe iluminar!
Ah... isso é liberdade, é a loucura do paraíso! Você parece um anjo! Só que não
tem asas... Posso ver em seu olhar, as estrelas que irá alcançar, numa cascata de
luz.
Muito amor a você!
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OM MANI PADME HUM significa receber a joia da consciência divina no coração,
para se alcançar a maestria da paz, na serenidade da força do amor divino que
tudo cura e transcende.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Alma Cativa

 Minha alma é cativa, num invólucru de carne que perece com o tempo... desgastante dos infidáveis maú uso ou descuido através dos dias.Hoje sei o quanto me custa cada hora vivida.Hoje busco respostas que satisfaça minha sede de entendimento no que se refere o amor- próprio e ao semelhante, tenho sede, de luz que afugente a escuridão da ignorãncia que cerca a humanidade.Hoje sei o que não me satisfaz,estou cansada de ouvir e ver pessoas que não querem crescer.Hoje não mais julgo os outros, julgo a mim, pois o que não quero para mim, não posso querer para o meu semelhante, se tenho o meu espaço limitado e como sinto  o mundo e as pessoas aqui dentro destas quatro paredes de hospital, durante 93 dias, dona das minhas faculdades mentais, fisíca e psicológica, em fim um ser pensante em toda sua plenitude me fizeram ver, sentir,agir e reagir, posso dizer que sou hoje outra pessoa, meus valores são outros, bem mais amplos, mais conciente, e vejo as pessoas aqui fora, tão pobres de pensamento e sentimentos e valores, que fico chocada em ver o nível de egoismo e individualismo em que são transformados e arraigados no ódio, na falta de  amor e companherismo, compreensão nem se fala, perdão... já não faz parte do dia a dia da vida.Todos querem paz, mas ninguém está disponível para fazer a" Paz". É estranho, paresce que estou vivendo em outro tempo. Sou e me sinto como uma estranha no ninho.É tanta hipocrisia e falsidade que está sendo difícil conviver com as pessoas de mente pequena com seus pré-julgamentos, cada qual querendo ser o dono da razão, como se isso fosse ponto de honra.A humildade desapareceu dos seres comuns, a cordialidade deixou de ser um ponto positivo que unia as pessoas. Hoje elas fazem parte da minoria já tão escassa. O individualismo é crescente e me apavora, então, me fecho em mim mesma, meus sentidos já não suportam tanta falta de amor, tenho pavor da mediocridade das pessoas. Tenho sede de luz para alimentar mente e espirito, com coisas sadias mesmo tendo certeza que tudo está conturbado e a maioria das pessoas não desenvolveram a esperança e a fé, busco  refugio na leitura, para instruir  minh'alma aflita.Procuro em Deus o amor, a bondade, a compaixão  a misericordia, o perdão, a humildade para apreder a buscar a verdade esclarecedora que satisfaça a minha sede e preencha assim o meu dia com a sabedoria oculta das mentes pensantes, buscadores de preceitos válidos que venham somar e preencher o vazio que sinto quando estou do lado de fora de mim.Sei e tenho plena consciência de que sou muitas facetas, que tenho o direito de exteriorizar o que sou, sou multípla na minha dualidade, muitas das pessoas que comigo convivem não sabem o que sou na realidade e na maioria das veses ,me calo para não criar atrito, mas está cada vez mais difícil me manter calada, tenho buscado calma e ponderação, para quando eu abrir a minha boca eu saiba mais e melhor usar as palavras e lutar por elas, e também ter embasamento para expor meu ponto de vista. Sei que êsse dia vai chegar e vou deixar essa nova criatura tomar força e crescer para o bem dela e meu próprio.Estou cansada de ser passiva e cordata. Meus valores estão gritando por liberdade de expressão, rebeldia...  acho que não, é apenas o que sou na relaidade e na verdade conseguida através dos anos e das lutas travadas.Hoje saí do hospital deixando toda essa experiência calando fundo na minh'alma e na minha frágil vida, venci a doença que se estalou em mim por 2 longos anos não faltou coragem para conviver entre seres desvalidos e em fase terminal de suas vidas, muitos sairam de lá em caixões e outros tantos lá deixei em meio as suas maselas e oro a Deus que os proteja e sustente como a mim, pois hoje sei do Seu amor e misericordia, e se de lá saí, é que tenho algo ainda a cumprir, e que Ele na sua infinita misericordia me sustente e me dê coragem para prosseguir e que eu consiga dar o meu melhor, amando o meu proximo, como Ele me amou.

                                                São Paulo,14/12/2009.

                                                                Darcy Bilherbeck