sábado, 26 de novembro de 2011

Kalil Gibran

Em toda luta por um ideal,
tropeça-se em adversários e criam-se
inimizades.

O homem firme não os ouve
e nem se detém em contá-los.
Segue a sua rota, irredutível em sua fé,
imperturbável em sua ação, porque quem
marcha em direção à uma luz não pode
ver o que ocorre na sombra.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fernando Pessoa


Suavemente grande, avança
Cheia de sol a onda do mar;
Pausadamente se balança,
e desce como a descansar.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lágrimas Ocultas. (Florbela Espanca)

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dalai Lama

"A essência de toda a
vida espiritual é a emoção
que existe dentro de você,
é a sua atitude para
com os outros.
Se a sua motivação é pura e
sincera, todo o resto vem por si.
Você pode desenvolver
essa atitude correta
para com seus semelhantes
baseando-se na bondade,
no amor, no respeito e
sobretudo na clara
singularidade de
cada ser humano."

sábado, 5 de novembro de 2011

Viajante no Tempo. (Deise Macedo)

Sou viajante do tempo e nunca me perdi pelo caminho,
busquei a cada curva um novo modo de viver sem desistir.
Das ilusões guardei profundos segredos que jamais
falei por se tornarem parte da minha verdade e
juntei porções de tolerância na alma, para que não me
fragilizasse ao ponto de ser somente um ser humano normal.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vestida de Rosas. (Sirlei L. Passolongo)

Nem sempre
O instante é de riso,
Nem toda manhã é de sol.
Neblinas cobrem os olhos
Quando a saudade
Veste inteira a alma.
O riso se esconde
No vão da solidão
Das horas...
Tudo é tão efêmero
Frágil feito pólen...
Mas quando o instante é triste
Há uma certeza
Ele também irá embora...
Logo, a alma
Se vestirá de rosas.