Como um rio caudaloso
Que leva em suas águas barrentas,
Tudo o que encontra a sua frente
Assim sou eu
Tormenta que
desconhece barreiras
Num vendaval de emoções e lutas
Ferindo, sangrando a dor dos caminhos que trilhei.
Nesta busca...
De solidão em solidão
De noites e dias perdendo minha alma,
Ao desencanto das madrugadas
Das calçadas silenciosas e sem vida
Criando fantasias... me envolvendo no teu abraço.
numa fuga constante.
Meus olhos são rios correndo
ou cascatas cristalinas, banhando minhas saudades
E nesse torvelinho
vou consumindo em fragmentos
A alma...Ah! pobre alma
se derramando em rios que abrem caminhos
Que nunca sabem onde vão desaguar
Assim como eu e minhas lagrimas
Que escorrem pelos
cantos escuros da memória.
Darcy Bilherbeck
28/09/99