sábado, 16 de novembro de 2013

Primavera de Deus

















Há uma primavera de Deus...
Mudaram as estações
Findaram os temporais...
Há um novo tempo!
Há frutos na amendoeira
Há trigo nos trigais.
Os olhos se despedem dos tons de cinza
E se vestem de arco íris.
O coração se liberta de magoas
E se envolve nas mansas águas do perdão.
Há vida, sonhos e plenitude
Há um novo caminho a trilhar
Há flores na estrada...
Orquídeas, gerânios e girassóis,
Tulipas,rosas e canto de pardais
Há uma primavera de Deus!
Necessário se faz sonha-la, busca-la,
colhe-la e vivê-la
Há uma primavera de Deus!

Por: Arnalda Rabelo

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

*** Saudades ***


































Saudades!
que chega devagarinho
como um suspiro doido
vai se instalando, como não querendo.
O coração rejeita, sufoca mas ela insiste se alastra tomando cada dia,
 espaços até então ocupados pela alegria.
Saudades! 
é a solidão que incomoda
é os espaços vazios é o som é a voz que se calou nas paredes escuras.
Saudades!
do riso fácil , dos abraços
que ficaram só na lembrança.
Saudades!
é a procura constante é a dor que se arrasta, como o vento gelado das ruas agora nuas e sem cor.
saudades!
hoje é espaços em branco é o coração apertado olhando as ruas vazia dos teus passos, olhando o passar das horas o contar do tempo é o tremor das mãos, a lagrima teimosa que escorre pela face.
Saudades!
é este silencio absurdo quando chega a noite.
e a agonia a dor é mais presente
e meus lábios só emitem uma palavra e um sentimento
Saudades!

São Paulo,31/08/12

Darcy Bilherbeck


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

*** Não Aprendi***






















Eu que não aprendi a esquecer
Eu e minha alma, eu e meu silencio.
Eu e meus medos, eu e minha procura.
Eu e minhas noites repletas de fantasmas
      Que povoam meus sentimentos
Eu e minhas fraquezas, pois sou a esperança,
     Que se alonga e toma formas
Adentrando meus espaços já tão limitados
Eu e minha esperança que não deixa você morrer
        Pois que ainda te espera debruçada á janela
Como o pássaro no fio, como a chuva na vidraça.
Que caí incessante e escorre sem vida
           Eu e meus sonhos ainda tão presentes
Eu e minha solidão...
Eu e minha insensatez que te recria nas noites sombrias
               Fazendo-me sentir o teu abraço a envolver o meu corpo
Fazendo-me flutuar no espaço indefinido
Eu e meu coração que bate em descompasso
                 Eu e minha impotência que não me deixa
Sair do fio e alçar voo em busca do desconhecido
Eu e o tempo do ficar e o partir! Em busca da realidade
Que eu nunca quis ver...
Darcy Bilherbeck

10/09/91