sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Quando chegares...
Não sei se voltarás
sei que te espero.

Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.

A gente sempre fica acordado
nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...

Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos, como ontem,
a sós;
se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos por nós...
( Poesia de JG de Araujo Jorge -

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Para o Meu Ser

segredos...





Procuro a chave dos segredos que os meus olhos escondem…
Pestanejam como se fossem asas silenciosas de pássaros
Em busca da esplendorosa brisa matinal


Atravesso oceanos em folhas de papel repletos de palavras
Ouço a música que toca nos braços da lua
E, num arco de gerânios, balanço o meu corpo levemente...
Olho o mundo sobre as cores do arco-íris
Quedo-me nesta beleza silenciosa... 


Os grãos de esperança que se soltam dos meus dedos
Semeiam espigas de bondade, na auréola agitada pelos ventos
Lançando rebentos nas folhas perfumadas da poesia...

Contemplo as gaivotas que povoam o areal no final da tarde...
Permanecem absortas no ondular do vento que vem beijar o mar
E nos fios de luz, saboreiam o silêncio que os Homens deixam ao cair do dia

Gosto de pincelar a alma com os aromas dos jardins
E olhar as nuvens…
Num bailado, desenham cavalos com longas crinas
Que galopam pujantes nas ondas dos mares revoltos
Bebem na voz da maresia, a força dos dias

O
s meus olhos…
Que segredos me escondem,
Quando embarcam em cascas de noz e partem de mim…?


Cecília Vilas Boas


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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Procura-se (Sônia Schmorantz)

Procura-se
A aurora desperta pelo azul do mar,
a quietude outonal de rasga o dia,
a vida que ressurge rara após noite escura.

Procura-se
A esperança que saiu voando sem rumo,
uma alma alada como pássaro,
que desapareceu entre o céu e o mar.

Procura-se
Sonhos pássaros perdidos na névoa tardia,
ventos leves, leves como o pensamento.

Procura-se 
Uma chance, uma sorte, uma nova saída,
uma ilha, um pouco de paisagem,
um verso capaz de descrever o instante.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Serenidade (Arnanda Rabelo)


Ando tão quieta ultimamente...
Na verdade tenho apreciado toda essa quietude.
Uma das coisas que essa vida tem me ensinado é calar-me.
Calar-me quando não tenho as respostas...
Calar-me quando não tenho as perguntas...
Não questionar em hipótese alguma, aquilo que não se pode mudar.
E olha que para mim não tem sido assim tão simples
Tenho as palavras meio inquietas nos lábios
Se eu não tomar cuidado elas saem
sem a minha permissão.
...
Enquanto isso, me permito um carinho e cuidado
Transporto-me á um jardim e deixo que descanse o meu coração.