segunda-feira, 27 de agosto de 2018



      Bandeira Vermelha

A bandeira vermelha se agita ao vento
o mar esta revolto, varrendo com fúria as areias da costa
Ondas se levantam  gigantes e se quebram com força,
na praia deserta.
Fico a distancia a contemplar essa força tremenda
a espuma branca se esparrama pela areia,
meus pensamentos divagam e este silencio me leva além,
minhas carências se agigantam dentro de mim,
gritando pela tua presença...o teu silencio rasga o meu peito
como a fúria do mar e deságua silencioso pelos meus olhos cansados
de olhar o vazio, nem o o mar hoje me acalma.
este nó na garganta de repente explode e se perde no estrondo das ondas.
Sinto o meu corpo desabar nas areias mornas... Me deixo ficar...
sem forças para reagir e seguir sem ti.


Bilherbeck Darcy

Itaipuaçu , 12 de agosto de 2003 .

terça-feira, 21 de agosto de 2018



Um violão e uma saudade

Sempre que a saudades chega
vem trazendo nos braços
um violão e um ramo de quimeras
chega desarrumando meus sentidos
acelerando o meu sangue
e esta saudades me tira do serio,
me entontece.
me sinto completa e vazia de mim ao mesmo tempo
o espaço esta repleto de você a borbulhar
nas asas da canção.
me deixo ficar ... Assim apenas mais uma vez.

Guarulhos, 16/11/14


Bilherbeck Darcy.




A vida é longuíssima para se errar
mas assombrosamente curta para se viver.
A consciência da divindade da vida 
perturba a vaidade dos meus neurônios e me faz ver
que sou um caminhante que cintila nas curvas da existência
e se dissipa nos primeiros raios do tempo.
Nesse breve intervalo entre cintilar e dissipar
ando a procura de quem sou.
Procurei-me em muitos lugares,
mas me achei num lugar anônimo,
no único lugar onde as vaias e os aplausos são a mesma coisa,
 no único lugar onde ninguém pode entrar
sem permitirmos, nem nós mesmos.
Apenas Deus é capaz.

21/08/18

Augusto Cury.





Deus, quem es Tu?
poque escondes Tua face atrás do lençol do tempo
e não acusas as minhas insanidades?
Falta-me sabedoria e Tu o sabes muito bem,
Com os pés, piso na superfície do solo,
mas com a mente na superfície do conhecimento.
Estou mortalmente abatido pela soberba,
achando que sei alguma coisa.
Até quando digo que não sei, manifesto a minha soberba
de que sei que não sei.


guarulhos 21/08/18


Augusto Cury.




Quando considero a brevidade da existência
do dentro do pequeno parêntese do tempo
e reflito sobre tudo o que está além de mim e depois de mim,
enxergo minha pequenez.
Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo,
tragado pela vastidão da existência,
compreendo  minhas extensas limitações e,
ao me deparar com elas. deixo de ser deus e liberto-me
para ser apenas ser humano.
saio da condição de centro do universo
para ser apenas um andante nas trajetórias
que desconheço.


guarulhos ,21 de agosto de 2018


Augusto Cury