Você chega...
Mansamente vai tomando espaço
Em minha vida
Assim! Como quem chega e já é há tanto
Esperado.
Sem querer, te estendo os braços
No mundo já tão cheio de embaraços
Que nos faz estranhas criaturas
Que conseguem superar o feio e o triste
Fazendo com que a beleza do amor primário
Que nos atrai... Esse que não se desgasta
Nas teias da falsidade aparente
Que tantas vezes nos afasta.
É quando chegamos... Eu pra você
E você pra mim tão diferente
Nos tocamos mudos, numa emoção clara como
Que entontece a nossa razão já tão corroída
Só então percebemos que a pureza ainda existe
Em nossos corpos.
Temerosos tentamos, fugir numa ânsia louca
De querer ficar... Sem medos , livres para a vida
Que nos sorri.
É então... Você me estende outra vez os braços
E já não quero mais fugir
Pois preciso dos braços para poder viver e sorrir.
São Paulo,23 de junho de 1987.
Darcy Bilherbeck.
belo poema...de delicada sensibilidade.
ResponderExcluirum dia vc postou um comentário sobre o livro Paris, setembro de 1793 no meu blog, à sombra do pensamento
www.sombrapensante.blogspot.com
estamos na campanha de lançamento de mais um livro. Quando tiver tempo, visite o blog, ou o site da editora, www.lachatre.com.br.
abraços