terça-feira, 20 de novembro de 2018


Águas Represadas
Minha mente é como a torrente de águas represadas
Que num repente, estoura
E vai se espalhando e inundando o presente,
 Esta ausência de dias desaparece com o ímpeto das águas
Rompendo barreiras num frenesi doentio e sem controle.
São lagrimas contidas há tanto tempo que eclodem quietas,
 Pela face descorada, que embora as tivesse livres se acumulavam
Silenciosas e represadas por mãos invisíveis, quebrantadas
Se arremessam
Nas areias deste imenso mar que sou eu...
Não consigo ficar e tão pouco tenho forças
Para ir além de mim.
Sinto-me estagnada, despojada de tudo que me força a ficar
E tudo o que tenho e sinto é esta agonia sufocante...
Deixando-me indefesa e sem forças para lutar contra esta torrente
 Impetuosa de esvaziar de mim, na tentativa louca de te achar
 Neste mar que sou eu, e quando a saudade se acalma e se aninha
Na areia onde se encontra o meu corpo inerte... A esperar.

Itaipuaçu, 12 08 2002.
Darcy Bilherbeck.


Nenhum comentário:

Postar um comentário