quarta-feira, 22 de maio de 2013

*** Tua Ausencia ***

 
Já não sei como te falar do meu amor
Se te ausentas de mim
Na vastidão do dia que te consome
Como te falar de saudades se tua alma antes fagueira
Hoje se espraia nas areias do mar
Onde rabisco sem querer o teu nome
Com medo de te esquecer
Como te dizer da ausência
Dessa falta tamanha que me fazes
Como viver depois de tudo que vivemos
Que sonhamos...
Como te dizer quem hoje sou sem você
Um vento frio tomou conta das ruas
Tentando apagar os teus passos
Na ânsia de te esquecer
E nessa tentativa eu caminho por caminhos
Sem sentido
Sem alma, sem coração, perdida estagnada.
Sem o meu amor
A razão se perdeu...
Darcy Bilherbeck
11/05/13

sábado, 11 de maio de 2013

Retalhos


















Quem dera eu pudesse ser...
 Apenas um pequeno fraguimento de amor
Ou uma folha solta ao vento
Ou quem sabe apenas um breve pensamento
Que aos teus olhos se fizesse presente
E te tocasse o coração se fazendo lembrança
De tudo que foi...
Do nada que ficou
Do muito que te amei
Hoje recolho os retalhos
Que o vento espalha na minha saudade....

Darcy Bilherbeck

Guarulhos 10/05/13

Vestindo Sonhos


Como um oceano revolto
O pensamento resiste...
O sentimento se liberta
Parte...
Rompendo fronteiras
Limitadas da razão e da lógica
Aparente...
Parte em busca do que ficou
Em algum lugar do passado
Ainda presente
Que se choca entre o concreto hoje
E o abstrato suspenso nas entrelinhas
Guardadas da emoção.
Já sou duas e às vezes
Sou tantas... Outras
 Visto sonhos e me perco em você.
Hoje visto saudades e saio às ruas
A te procurar...
Acordo!
Na realidade amarga da razão
E nela descubro tua ausência tão patente...

São Paulo, 12 de março de 2011
                Darcy Bilherbeck.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vem A Noite




   

Vem a noite silenciosa e extática
Vem envolver na noite manto branco
            o meu coração
Serenamente como uma brisa na tarde leve,
Tranquilamente com um gesto materno afagando,
com as estrelas luzindo nas tuas mãos.
e a lua máscara misteriosa sobre tua face.
Todos os sons soam de outra maneira
             quando tu vens.
Quando tu entras baixam todas as vozes
              Ninguém te vê entrar.
Ninguém sabe quando entraste,
Senão de repente, vendo que tudo se recolhe.
Que tudo perde as arestas e as cores,
E que no alto céu ainda claramente azul,
Já crescente nítido, ou círculo branco,
                ou mera luz nova que vem,
                 A lua começa a ser real.

De: Alvaro de Campos.