sábado, 28 de janeiro de 2012

*** Sair***



Sair!
me dar ao vento
esquecer meu corpo
nas curvas  dos caminhos
me perder no tempo
do lugar comum...
Encontrar o meu "eu"
despido do ontem e
despontar no sol de
algun lugar.
Não esperar de outro
o que depende de mim.
A fprça oculta que cala a dor
e impele a luta...
Não importa a porta
o caminho, o vazio
se busco a luz.
Acha-la ei onde! onde estiver
a minha fé...
Neste momento que me curvo ao Criador que é a minha força e a minha justiça.
Farei dos seus princípios a minha lei.
Nela  andarei
e por todos os caminhos plantarei a semente do bem pelos campos da vida
colherei os frutos da auto estima se usar a sabedoria do dividir
.Olharei umdia o sol de um novo amanhecer,
 farei parte do Universo
amando a terra o mar o ar
Achando a luz encontrando a paz...

São Paulo,08 de janeiro de1995.


Darcy Bilherbeck.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Porto Solidão

Desapeguei-me das noites sombrias
onde dormia apenas meu corpo inerte
exaurido de tantas buscas naufragadas.
Abri mão do coração aflito e o deixei partir
pois que ,já descontente, se exauria em areias movediças
Sem ter mais razão para ficar
Partiu!...Assim! Apenas
Não justifico seus atos
aceito apenas.
Calei a dor da separação,
sepultei as perdas ao longo dos dias
recolhi pedaços por onde andei, desorientada, perdida,divaguei meu pranto
incontido, pungente.
Tempo!...Quanto! não sei
O vento frio acalma a dor, o vazio espalha os pensamentos sombrios.
Hoje apenas espero...
esperar a regeneração dos sentidos
É preciso  cicratizar as feridas
esperar! ah! esta espera que se alonga em mim
Talvez ... Quem sabe, um dia eu consiga voltar a usar as palavras
e dizer quem sou hoje...

            Darcy Bilherbeck

São Paulo, 14/01/2012.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O último. (Ana Jácomo)

Quem dera eu aprendesse a viver
cada dia como se fosse o último.
O último pra esquecer tolices.
O último para ignorar o que, no fim das contas,
não tem a menor importância.
O último para rir até o coração dançar.
O último para chorar toda dor que não transbordou
e virou nódoa no tecido da vida.
O último para deixar o coração
aprontar todas as artes que quiser.
O último para ser útil
em toda circunstância que me for possível.
O último para não deixar
o tempo escoar inutilmente entre os dedos das horas.