Eu que não
aprendi a esquecer
Eu e minha alma,
eu e meu silencio.
Eu e meus medos, eu
e minha procura.
Eu e minhas
noites repletas de fantasmas
Que povoam meus sentimentos
Eu e minhas
fraquezas, pois sou a esperança,
Que se alonga e toma formas
Adentrando meus
espaços já tão limitados
Eu e minha
esperança que não deixa você morrer
Pois que ainda te espera debruçada á
janela
Como o pássaro no
fio, como a chuva na vidraça.
Que caí incessante
e escorre sem vida
Eu e meus sonhos ainda tão presentes
Eu e minha
solidão...
Eu e minha
insensatez que te recria nas noites sombrias
Fazendo-me sentir o teu abraço a
envolver o meu corpo
Fazendo-me
flutuar no espaço indefinido
Eu e meu coração
que bate em descompasso
Eu e minha impotência que não me
deixa
Sair do fio e
alçar voo em busca do desconhecido
Eu e o tempo do
ficar e o partir! Em busca da realidade
Que eu nunca quis
ver...
Darcy Bilherbeck
10/09/91
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