sexta-feira, 19 de outubro de 2018


 Desatino ***
Que grito é esse que explode esparramando larvas
Como um vulcão adormecido que eclode do nada
Que solidão tamanha...
Que desatino é esse que rasga o véu da inércia
Deixando-te despida das couraças
Que dor tamanha te encobriu tempo afora
Que agora aflora enlouquecido
Cobrando vida, sentimentos e esperanças.
Que tempo é esse que corre e grita
Silencia e alimenta o nada
Que trapaça... Que desgraça te feriu a alma
Para purgares teu desalento
Como larvas corrosivas rasgando tua carne
Deixando-te em frangalhos
Que tempo é esse que não perdoa
A criatura mortal de amar
Amar com toda sua alma vulnerável
Que só pediu um pouco do muito que poderias dar
Egoísta não percebeu o quanto te feria
Deixando-te sozinha
Sem saber o que fazer desse amor.
São Paulo, 05 de dezembro de 2005.


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