quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A Balada das Folhas

















No crepúsculo de gaze
E ouro, anda alguém a cantar
Uma cantiga que é quase
Um choro humano, pelo ar...
Pensativo, os olhos ponho
Nas folhas, - vida que vai
A extinguir-se, sonho a sonho, 
Em cada folha que cai...

A primeira é verde e é linda.
Porque o vento a desprendeu?
Não tinha vivido ainda,
Não tinha amado e morreu.
Vento do Destino avança,
E num soluço, num ai,
Cai um mundo de esperança
Na folha humilde que cai.

A segunda é a folha morta, 
Passado... Desilusão...
Mal o vento o ramo corta, 
Ela adormece no chão...
É a saudade, - folha da alma –
Que no tormento se abstrai
E vive da morte calma
De cada sonho que cai.

OFERENDA:


No crepúsculo indeciso

Nenhum comentário:

Postar um comentário