Trago a alma cansada da longa jornada
Alquebrada pelas lutas inglórias no decorrer da existência
Entre dores atrozes que povoam meus dias.
Abalada e introspectiva me calo, volto ao seio da terra
Em busca da paz e serenidade de que tanto preciso
E como a Amendoeira que tem seus galhos ressequidos no rigor do inverno
E fica a mercê dos ventos se refugia no seio da terra, em busca da água
Inexistente na superfície, busca no solo profundo a força para subsistir
Adormece e se alimenta de suas raízes que se espalham sedentas, por caminhos Tortuosos abrindo atalhos se alongando no seio morno da terra que agora é seu alimento
Assim como minha alma segue seu curso se espalhando, rompendo, rasgando, se fortalecendo
Crescendo no seio da inconsciência onde não sinto dor apenas inércia
È chegada a hora de recomeçar.... minha alma como a amendoeira retorna aos poucos
Trazendo a seiva rica das profundezas do solo
refaz o caminho
refaz o caminho
Distribuindo a cada galho que desperta e se liberta da letargia da terra
e ao receber os raios do sol, a chuva que benfazeja a lava retira todo o pó acumulado.
e ao receber os raios do sol, a chuva que benfazeja a lava retira todo o pó acumulado.
Recebe a brisa suave da tarde
e aos poucos renasce...
e aos poucos renasce...
Mais um tempo e ela esta toda cheia de botões como se guardasse um segredo
Um dia amanhece toda florida e perfumada,
espalhando seu delicado e doce perfume
espalhando seu delicado e doce perfume
Sombreando agora suas raízes
que descansam da árdua jornada passando por todas as suas fases.
que descansam da árdua jornada passando por todas as suas fases.
Assim minha alma se levanta das cinzas
trazendo as cicatrizes ainda aparente sobre a pele,
com o coração quase refeito
tenta sorrir e ousa sonhar com o amanhã
trazendo as cicatrizes ainda aparente sobre a pele,
com o coração quase refeito
tenta sorrir e ousa sonhar com o amanhã
Deixando no tempo suas marcas de dias tenebrosos.
Veste hoje a esperança
E volta pra casa.
São Paulo, 14/12/2009
Darcy Bilherbeck
A dor associa-se por vezes a uma calma e paz interior, como se suportásse o mundo de uma forma heroíca. Lindas as suas palavras, adorei lê-la, merece toda a força do mundo.
ResponderExcluirUm grande abraço
oa.s
Acredito no encontro das almas, perto ou longe elas se encontram de alguma forma.
ResponderExcluirGosto de mais de oa.s, ela tem as palavras certas no tempo adequado.
Darcy, um grande beijo e não preciso dizer mais nada sobre o texto, já foi dito tudo.
beijos.
Deise
Bilherbeck, me permita agradecer as gentis palavras da querida Deise.
ResponderExcluirUm abraço com muito carinho às duas.
oa.s