domingo, 17 de maio de 2015

A Espera de Um Socorro

                                 
Quando a tua lembrança bate á porta
E como a tempestade rompendo
 As comportas... Como águas represadas
Que se transformam em lágrimas
Caudalosas como um vendaval 
Jogando-me contra o meu passado
De luz, de sol, de riso e amor real
 Sublime como claridade das manhãs...
Hoje... não os tenho presente.
Apenas nevoa, vivo apenas
 Sem alegrias reais
Ficou o turbilhão de dias sem cor e sem sons,
Vivo a vida de cada dia
Como o autonomato cumpre o papel
De viver
Saio pela chuva descalça faminta
Na ânsia de ter a alma lavada
 E o coração acalentado...
Já não sinto a solidão, ela adormeceu
Outra vez...
Só a chuva forte e os trovões são reais
 A certeza de que sou feita de saudades
Então olho para o alto e suplico o socorro que vem do alto
Pois só sendo assim
 Consigo prosseguir nesta jornada
 De dias sombrios
Onde minha alma sedenta
 De paz e de luz espera...



Darcy Bilherbeck


       SP, 22/01/14





















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