segunda-feira, 11 de abril de 2011

Abismo

De mãos dadas com a incoerência, navegando por estranhos rodamoinhos de vento.
Dando voltas absurdas, fugindo da lucidez,
o olhar turvo, a mente em conflito, a dor tamanha.
O horizonte disforme conturba meus passos...
Confundindo com a poeira das ruas, espalhando nuvens
distorcendo imagens.
O poente incerto... Incalto algoz de implacáveis tormentos.
A fraquesa se alastra pelas vestes rastejantes, a dor mascara o presenten e  se propaga  incendeia os campos áridos que imergem
do cãos interior...
Reclamante do ontem na insegurança do amanhã.
Talvez a turva memória essa que te afaga,temerosa da conscienciafria
te esquece no limiar do abismo, onde corriqueira de fantasias esbanja um futuro sem presente,onde lágrimas de cetim se espalhaam pela face oculta da luz na escuridão do esquecimento.
Mantem viva a chama do irracional, onde a ternura desmedida traz a transparência da alma, de um ser
anônimo que tem por agasalho o frio manto da noite...
No despertar o orvalho confundido com suas lágrimas, secando em suas feridas...
mergulhando na solidão da alma em conflito.

                                                  São Paulo,07 de julho de 1992.
                                                          Darcy Bilherbeck.

Nenhum comentário:

Postar um comentário