quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Conflito Aparente

Partes...
já não me diz
deixas que o vazio se prapague
Não te importas
A nudez das ruas te delata
O silêncio se alastra
Não sentes! Ou fazes de conta
Quem sabe da  dor é quem a sente
Quem fica... Já não importa
tudo se torna vago e frio.
Distante... A vida se perde
procuras espaço tentando laços,
justificas tuas ausências no silêncio das aparências
Fica! Irônia...Apenas o gesto, partes! Sinto a ausência tamanha
Não é possível a permanência se nos chocamos no mutismo dos nossos absurdos
sem palavras...
Fizemos de nossa existência um jogo onde os participantes se anulam
nas próprias emoções, onde embaralhamos nossos sentimentos
e guardamos os coringas para trapacear o tempo,
êsse mesmo tempo que um dia nos uniu e agora insiste em nos separar
acenando com possibilidades que antes não percebíamos
pois éramos amor e isso nos bastava
Hoje! ele se mudou...
O que restou se chama solidão...

                              São Paulo,28 de agosto de 1992.
                                                            Darcy Bilherbeck.

Nenhum comentário:

Postar um comentário