terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dualidade de Amar


Dualidade de amar
                                                                                 
Amar você é como amar meu próprio corpo
Abraço a mim com ternura
Como me abraçarias se não fosse o tempo
A nos separar
Amar você é como despir-me do preconceito
Que nos oprime o espírito
Pois na minha nudez é que te encontro nu
De toda a falsidade que nos afasta.
Amar você... É ter ciúmes do meu corpo,
Quando sinto o toque de outras  mãos
Que não as suas.
É querer a solidão do quarto como refugio
Pra a vida que te reclama.
É a certeza de te encontrar no mesmo plano,
Sem censura, onde toda nudez é permitida.
Onde não existe vencedor e nem tão pouco vencidos.
Amar você...
É amar a dignidade de ser o elo que vive em nossos corpos
Sem limites, sem começo e sem final.
Como corpo e espírito,
É emoção da dualidade unificada é não partir
É não ficar ausente é estar sem nunca ter chegado.
Amar você! É viver a continuidade de nós mesmos, sem espaços
Sem divisão de corpos.
A tua beleza de alma é o meu espelho para vida
O teu sorriso é a gratificação mais cara e mais pura do direito a vida
É a recompensa... Pelo silencio não quebrado, pela paz claramente estabelecida sem nunca ter sido mencionada.
Amar! A mim é achar você depois de cada final de dia e sei
Que por todos os caminhos por eu andar, vou amar Amim
Na certeza de amar você.
                                           São Paulo, 15 de março de 1987.
                                                            Darcy Bilherbeck.


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