domingo, 15 de dezembro de 2019




    Olho a chuva que caí mansamente sobre os telhados ressequidos pela estiagem.
Meu olhar se perde no silêncio. . .a noite está calma e sombria ...ouço as batidas do meu coração inquieto e as lágrimas se soltam dos olhos cansados a escorrer pela face descorada de um tempo que ainda não se findou ; existem rios correndo dentro de mim, são tempos de remanso, tempos de tempestade . . .que num repente abrem brechas e correm velozes e já não consigo prever o que virá, me vejo arremessada contra meus sentimentos represados.
Contemplo atônita o caos se formando e já sem forças para lutar. . .
 Me deixo ficar, debruçada à janela cercada pela chuva e pela noite. . .
 Pela paz das lágrimas que lavam o meu rosto e se misturam no silêncio
 e nessa mistura cristalina de águas de rios escorrendo de mim
 e se espalhando pelos telhados vazios. . .
             


                            Darcy Bilherbeck   07/05/18.
                                                                             
                                                                         Guarulhos -SP.














             

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