**** Desatino ***
Que grito é esse que explode esparramando larvas
Como um vulcão adormecido que eclode do nada
Que solidão tamanha...
Que desatino é esse que rasga o véu da inércia
 Deixando-te despida
das couraças
Que dor tamanha te encobriu tempo afora
Que agora aflora enlouquecido
Cobrando vida, sentimentos e esperanças.
Que tempo é esse que corre e grita
Silencia e alimenta o nada
Que trapaça... Que desgraça te feriu a alma
Para purgares teu desalento
Como larvas corrosivas rasgando tua carne 
 Deixando-te em frangalhos
Que tempo é esse que não perdoa 
A criatura mortal de amar 
 Amar com toda sua
alma vulnerável
Que só pediu um pouco do muito que poderias dar
Egoísta não percebeu o quanto te feria
Deixando-te sozinha
Sem saber o que fazer desse amor.
São Paulo, 05 de dezembro de 2005.
Darcy Bilherbeck.
 

 
 
