quinta-feira, 12 de abril de 2012

*** Amor nas Entrelinhas de Tantas Vidas ****



Há! Como preciso ouvir a tua voz,
Quero te ver é a qualquer custo
Que contradição não é você quero, ver.
Necessito tocar o teu corpo, teu rosto e no entanto não é esse corpo que tanto preciso e quero.
Oh Deus por quê?
Se você é o que o que mais quero e não posso ter
pois não é esse corpo que quero e no entanto quero tudo o que se esconde dentro de você.
Trago o espírito inquieto pois quero o que você tem e não me podes dar,
Pois não vive em você, apenas sobrevive,independente da tua vontade e é tão difícil viver
Dessa forma como dizer que te amo num mundo irreal,
que tendo o sol, busco a obscuridade
Tendo a vida busco os espaços vazios do além da vida,
Pois o obscuro da vida que não respira sem você
Pois é espaço está na imensidão do dia e na escuridão da noite
Está aqui... Posso sentir e não posso tocar e isto me alucina
 Já não posso querer a liberdade, a vida porque quero ao espaço infinito que se estende ao meu redor, não posso querer a liberdade porque sou uma eterna prisioneira e não sei viver em liberdade.
Como posso querer a vida aqui se não posso te-la com você,
 Como? Se a qual eu quero esta na imensidão do espaço e eu estou aqui.
Não posso partir e não posso ficar!
Ficar é viver e viver sem você não tem sentido e com você é tão abstrato.
 É tão difícil e eu te quero tanto! Te preciso tanto!
Como o sol ama o dia e a terra necessita de água eu te necessito
Queria ser o ar que necessitas para voltar ao tempo
Ser o vento que te agita nos espaços vazios... Te trazendo a mim
Ser o repouso para ser o teu descanso depois da luta
Ser as estrelas, para guiar os teus passos
Através dos caminhos sombrios até chegares ao infinito
Onde as palavras não fossem necessárias é tão pouco e para mim seria tanto!
Se pudesse transformar em atos todas as palavras ditas e as que estão contidas nos espaços vazios
E não mais sentir o desespero de te saber tão longe e no entanto te sentir tão perto
Como o espaço infinito que agora me cerca
Onde se confunde a ilusão , o amor ao ilusionismo criado como fuga do universo almejado e não alcançado
Chamas de futuro o passado e não saber até quando é presente, quando se ausenta no limiar da esfera da vida.
Ou até onde saber! O estar aqui e estar além do consciente, onde se divide a vida, o sonho, o desejo e a liberdade de ser.
Tempo e espaço em outro ser me deixando tantas vezes sozinha a juntar os meus pedaços
Pedaço por pedaço até onde? Até quando?
Se tudo o que ficou neste momento é o teu riso que se espalha
Como chuva cristalina molhando a minha saudade...


Jundiaí,31/07/1983
                         
Darcy Bilherbeck.










      

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