sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Maturidade (Brahma Kumaris)


"Maturidade é o poder de controlar
a raiva e de resolver problemas
sem violência e destruição.
Maturidade é paciência.
É disposição para abrir mão
de um prazer imediato com vistas
a uma vantagem a longo prazo.
Maturidade é perseverança.

É empenhar-se fundo em um trabalho,
a despeito da oposição dos
contratempos desalentadores.
Maturidade é abnegação.
É atender as necessidades alheias.
Maturidade é a capacidade de
enfrentar o desagradável e a
decepção, sem se tornar amargo."

sábado, 26 de novembro de 2011

Kalil Gibran

Em toda luta por um ideal,
tropeça-se em adversários e criam-se
inimizades.

O homem firme não os ouve
e nem se detém em contá-los.
Segue a sua rota, irredutível em sua fé,
imperturbável em sua ação, porque quem
marcha em direção à uma luz não pode
ver o que ocorre na sombra.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fernando Pessoa


Suavemente grande, avança
Cheia de sol a onda do mar;
Pausadamente se balança,
e desce como a descansar.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lágrimas Ocultas. (Florbela Espanca)

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dalai Lama

"A essência de toda a
vida espiritual é a emoção
que existe dentro de você,
é a sua atitude para
com os outros.
Se a sua motivação é pura e
sincera, todo o resto vem por si.
Você pode desenvolver
essa atitude correta
para com seus semelhantes
baseando-se na bondade,
no amor, no respeito e
sobretudo na clara
singularidade de
cada ser humano."

sábado, 5 de novembro de 2011

Viajante no Tempo. (Deise Macedo)

Sou viajante do tempo e nunca me perdi pelo caminho,
busquei a cada curva um novo modo de viver sem desistir.
Das ilusões guardei profundos segredos que jamais
falei por se tornarem parte da minha verdade e
juntei porções de tolerância na alma, para que não me
fragilizasse ao ponto de ser somente um ser humano normal.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vestida de Rosas. (Sirlei L. Passolongo)

Nem sempre
O instante é de riso,
Nem toda manhã é de sol.
Neblinas cobrem os olhos
Quando a saudade
Veste inteira a alma.
O riso se esconde
No vão da solidão
Das horas...
Tudo é tão efêmero
Frágil feito pólen...
Mas quando o instante é triste
Há uma certeza
Ele também irá embora...
Logo, a alma
Se vestirá de rosas.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Solidão... (Lete Dias)

Solidão...
Talvez.
Eu reflita a essência da solidão...
O peso de tudo em meus ombros
não me curva mais.
Mantenho-me altiva,
isolada como uma ilha
mesmo quando estou rodeada
pela multidão.

Altiva... Solitária?
Inconquistada... Indefesa?

Reagindo contra o domínio
da fantasia e da imaginação.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

George Sand

"......A recordação é o perfume da alma.
É a parte mais delicada
e mais suave do coração,
que se desprende para abraçar
outro coração e segui-lo por toda a parte...

domingo, 2 de outubro de 2011

**** Somos Um ***

      
Preciso ir!
É chegada à hora já se faz tarde
O dia se foi é chegada à noite
Embalei-te em sonhos
Toquei a harpa das horas, cantei e te fiz adormecer
Na melodia da madrugada fria
Agora ela se finda...
Preciso ir... Já se faz tarde
Deixe o silêncio tomar a noite enquanto é tempo
Cavalgarei pelas estrelas e velarei os teus sonhos
Voltarei...
Na tua saudade no silencio das madrugadas
Nos pingos da chuva rolando pelas vidraças
Estarei presente nas melodias dos teus devaneios
Sei! Que me ouves, sei que me sentes
Também sei quando te ausentas.
Na claridade das manhãs, outros sons outros risos
Outro dia...
A vida continua  na sua incansável procura do sucesso e da  felicidade
E o tempo passa o riso fácil à alegria incontida os sonhos ocultos sob o manto da noite
Que afloram na melodia das madrugadas silenciosas.
Quando olhares o céu estrelado lá estarei a velar os teus segredos guardados
E sorrindo te brindarei  com os raios de sol e serei apenas uma vaga lembrança em tua vida.

                São  Paulo,23/05/2011
            
                    Darcy Bilherbeck.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

*** Súplica da Madrugada ***

Hoje despida do orgulho em súplica te peço
me deixes ficar, quero te ouvir preciso despojar dos ombros cansados
toda dor dos caminhos mal trilhados, vestir minha nudez pela esperança que tens nas mãos.
Sei da Tua justiça, justifica minhas lutas; embora tantas vezes
na minha cegueira e ignorância Te esqueci em meio do caminho
mas me permitistes andar mesmo que tropegamente, calculastes meus erros infindos e me destes desafios até onde buscar a sabedoria que transborda de Ti.
Tola não a reconheci na tentativa de acertar me perdi nos atalhos da busca infinda e reconheço toda minha inutilidade diante da Tua infinita bondade... Retorno ao zero consciente dos meus erros e fracassos
Me deixes ficar, só quero Te ouvir e Te olhar
beber se possível da tua luz, deitar meu corpo exausto  à sombra da Tua mão
Me deixes existir, aprender se possível um novo jeito de caminhar abrir horizontes  no limiar da Tua  bondade que garante a liberdade de ser livre.
Reconhecer os meus erros e ter a simplicidade e humildade de vir a Ti e pedir perdão
Te buscar com todas as forças do meu coração e Te seguir fazer a Tua vontade será a minha meta, sei que terei ainda lutas e que muitas lágrimas vou derramar pois sou tão falha e te preciso tanto
Me ampares na caminhada, me fortaleça e me faz digna das minhas escolhas.
Se minha luz e não me negues a Tua companhia pois que de Ti preciso...

São Paulo, 09/04/92

Darcy Bilherbeck.

***Só o Amor nos faz Livres ***


Só o amor faz ser livre, porque ele quebra os cativeiros que nos aprisionam. Ele tem o dom de devolver a liberdade, e por isso não há experiência de fora da liberdade. Ninguém pode ser amado e ao mesmo tempo ser mantido cruelmente na prisão.
Não podemos acreditar no amor de quem nos aprisiona e nos mantém no cativeiro.
             O amor verdadeiro é o amor faz ser livre, que faz livre, que faz ir além, porque não ama para reter, mas para promover. Amor e liberdade são duas vigas de sustentação para qualquer relação que pretende ser respeitosa.
             Se Deus nos fez livres, o amor de quem nos encontrar pela vida
Não pode ser contraditório ao amor que nos originou. O outro que acabou
De chegar não tem o direito de se tornar obstáculo para” Aquele “que nos sustenta em nossa condição primeira.
           
          Se quiser nos amar, se quiser fazer parte de nossa vida,
Terá que ter diante dos olhos o que somos, o que ainda podemos
Ser, e não o que ele gostaria que fôssemos. O amor só acontece
Quando deixamos de imaginar. Só a realidade autentica o amor
Demonstra sua verdade

         Estamos em processo de feitura, e Deus nos devolve a nós
Mesmos o tempo todo. Ele nos devolve pelas mãos históricas
De quem nos encontra, de quem nos ama. É o amor humano de
Deus, manifestado em minha vida pela força de pessoas concretas,
Cheias de voz e de gestos.

             Essas são as pessoas que nos ajudam a conquistar o que não
Sabíamos possuir. Elas nos mostram o avesso de nossa
Realidade, porque o amor é uma espécie de lente que amplia nossa
Autopercepcão. O olhar de quem nos ama é um olhar que nos devolve, abre portas.

             Por outro lado, se não somos amados, corremos o risco de sermos
Roubados de nós. Corremos o risco de nos tornar vítimas nas mãos de outros e de sermos fechados nas estruturas minúsculas de um cativeiro.
    
                                           Padre Fabio de Melo

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

*** Momento ***


Meu corpo  flutua sobre as ondas
 Do mar, me deixo levar
No balanço das ondas
Me descubro oceano...
Imenso
Sou água
Cristalina enquanto na sua essência
Mas também sou intensa
 Passional
Me deixo levar as profundezas
Onde esqueço de mim
Já não me cobro nada, pois vivo em toda molécula
Sou um todo e já não sou nada
Você não me vê, mas me sente estou tanto na sua solidão
Quanto no seu sorriso e nas profundezas me movimento

Eu e meus fantasmas eu e meus medos eu e minha alma
Sou o tempo que se cala e espera
Que o vento sopre e me carregue, pois sou espuma
Na superfície das ondas
Não tenho pressa de voltar
No abandono encontro a minha liberdade.

São Paulo,26 de Agosto de 2011

Darcy Bilherbeck.


















sábado, 20 de agosto de 2011

*** Impotência ***


Muito tenho lido sobre a impotência, mas nada se compara ao que vivi
Durante 103 dias dentro de uma ala de infectologia do hospital São Paulo
Desde o momento em que lá fui internada, meus direitos de ser humano foram
Alienados, subjugados, alterados e controlados, como se o fato de estar ali me tirassem o direito da vida, da escolha, do livre arbítrio em fim, era apenas um numero do leito a mim destinado onde meu histórico era todos os dias questionados por pessoas muitas vezes incompetentes, mas que vestiam jalecos brancos, impotência, não era dona de mim, do meu corpo, da minha vontade, meu direito de ir e vir tinha ficado suspenso, a partir do momento que entrei naquele lugar, a princípio pensei ,entrei em um hospício, pois ouvia choro, lágrimas, revolta, mau humor, e o pior, confinamento, portas fechadas. Janelas lacradas e apenas um corredor onde não era permitido ficar andando, não era permitido pedir um lanche na lanchonete. A comida de péssima qualidade, sem cheiro, sem sabor, sem sal, o café não tinha condições de ser tomado, sem contar o fato de ficarmos das 17 horas até as 08 ou 09horas da manhã sem complemento alimentar apenas medicação, fortíssimas por sinal.
Somente após 30 dias fui conseguir ter o direito de sair no corredor externo da ala e respirar um ar menos poluído e ter um pouco de liberdade de pensar e livrar os meus olhos daquele quadro de terror em que estava queria tanto poder lavar meus olhos das imagens, silenciar meus ouvidos e buscar um pouco de paz para meu espírito que ansiava por liberdade e silencio.
Não conseguia dormir, pois que lá não se tem noite é sempre dia, luzes que se acendem a toda hora, porta que bate, enfermeiras que apesar de serem humanas tem falta de humanidade para com o seu próximo como a dizer, faço a minha obrigação cumpro o meu horário e é só. A cada semana era obrigada a mudar de quarto por esse ou aquele motivo, as vezes era eu que implorava para mudar, já que era impossível ficar na companhia da pessoa que era minha companheira de quarto, uma vês que ela não me deixava descansar, gritava a noite toda, se sujava toda e as enfermeiras não tinham um pingo de paciência para com ela e um mínimo de respeito para comigo. Outras vezes era a loucura mesmo na hora das refeições eu saia pois não tinha estomago para ficar. Em outras passavam tão mal que de madrugada me tiravam do quarto para fazer limpeza e amarrar o paciente, nessa noite eu amanhecia no corredor sem dormir, de olhos abertos como foram meus 103 dias de martírio e impotência frente ao que tinha que enfrentar sem reclamar já que não tinha alternativa, visto que somente lá havia tratamento para a bactéria que contraí.sem contar que após 60 dias já não havia mais veia que não estivesse estourada ou estressada demais para receber medicação, sem dizer que muitas das vezes a 8 vezes para conseguir uma veia boa, meus braços eram só hematomas, sem dizer das reações alérgicas decorrentes da medicação o que acarretava a extrema letargia dos meus sentidos, me deixando sem equilíbrio e sem vontade de viver.
Se não fosse a certeza de que tudo o que acontece na vida tem um motivo , seja para crescimento ou entendimento de que somos falíveis e que temos de lutar ,porque isso está em
Nós e não importa o quanto temos que enfrentar, façamos conscientes de que uma força maior nos impulsiona e essa força vem de Deus que nunca falha e está do nosso lado. Sofrimento e impotência frente a dor de não saber até quando. Enfrentar as maselas e conviver com pessoas estranhas que se tornam rotinas era o que tinha de enfrentar muitas das vezes ouvir e calar, ver e não enxergar, na convivência de pessoas sem muito e outra com muito para dar, o que me segurou foi olhar o lado bom das pessoas e ser pacientes e nunca me abater. Assim foi que consegui o direito ao meu refugio no 15º andar onde me dedicava a leitura e a escrita, descendo para medicação e visita medica. Dormir foi o meu maior desafio e minha tortura, o plantão da noite era terrível, raramente tínhamos algum tipo de atenção além do mau humor, Daria uma vida por uma noite de sono na minha cama , no meu quarto.Existem exceções ,com certeza ,mas são raras principalmente à noite, são enfermeiros que já vêm de outro plantão, estão cansados e os enfermos pagam o preço , por estar ali.
olho ao redor e vejo tanto sofrimento ,que me esqueço do meu, então nesse momento clamo por Deus para ter força humildade e paciência para achar a porta que me leve ao menos o pensamento de se ausentar de mim quando tudo o mais não me é permitido, então descubro que posso sair e andar depois da medicação com a promessa de não sair do hospital, não é o meu interesse nesse momento ,pois sei que tenho de permanecer aqui até ser liberada e só o tempo dirá quando pois tudo indica que ficarei aqui por muito tempo, mas minha confiança em Deus é infinita e Ele sabe quando sairei.Que bom poder sair e subir as escadas até o 15º andar, fiquei sabendo lá em cima é tudo de vidro e que posso ver a cidade.Impotência de não poder ser um pássaro e sair voando pela fresta da janela me trazem lágrimas aos meus olhos cansados
Ao meu coração acelerado pela subida pois fiz questão de subir pelas escadas sentindo cada passo, cada degrau, valeu a pena, a vista é maravilhosa e curto cada detalhe, cada telhado, cada arvore, cada carro lá embaixo e me choco com o direito de ir e vir quando tenho tolhido o meu direito, cercada de ferro e concreto e contemplo o céu, o tempo para sobre o hoje e vejo a cidade que pulsa, que se agita, as pessoas que seguem seu rumo tantas vezes incertos, mas livres! Sem correntes nos pés.Os prédios se agigantam e permanecem nos seus lugares como um porto seguro para aqueles que partem e tem a graça do poder retornar e nem se importam em tirar um segundo para dizer Senhor obrigado por estar em segurança.
Aqui estou eu a contemplar a liberdade dos que estão lá fora, penso nos meus e rogo a Deus que os leve em segurança para casa e que chegue logo o final de semana para poder abraçá-los. Impotência de não tocá-los todos os dias é muito grande e me dou conta de quanto os amo e os quero livres e sadios , gostaria de pedir perdão por estar dando tanta preocupação e ausência , choro quando chegam e choro quando partem.Impotência de não poder seguir com eles e saber, que haverá outro tantos dias iguais. Olho em volta, são quatro paredes onde se abriga um mundo a parte. Tem gente que vai tem gente que entra e fica sem estimativa concreta de saída, só sabemos que estamos aqui. Todas as raças, todas as cores, todas as crenças, pessoas humildes em todas as escalas da sociedade, gente que ri, gente que chora, gente com dores atrozes, seres humanos em frangalhos de corpo espírito e mente, gente de fé, gente descrente de si mesmo e de outrem, gente que acredita na cura do corpo e esquece o mais importante o espírito pois que sendo fraco não ajudará o corpo. Tem gente que vê e não enxerga e os que enxergam e não têm a capacidade de ver, a outros que nem deveriam estar aqui, pois que não sabem se doar, são ocos, indiferentes e frios como se fossem revestidos de carne ou só carne, despidos dos preceitos que se fazem necessários.
Há gente que entra e saí sem deixar marcas a outros que doam o sorriso que acalenta o beijo que cura, o afago que restaura o mais empedernido coração há aqueles que com o olhar te enchem o coração de coragem para continuar e há aqueles que sem saber já te ignoraram.
Tenho pena do ser humano que se propõe a curar a ajudar a aliviar a dor, mas não tem nada a oferecer a não ser o remédio prescrito com mãos frias e coração técnico são os impotentes de espírito que só olham os crachá medicina, quando o mundo esta carente de amor, bondade, competência, disponibilidade, integridade, moral,honestidade parcimônia ,impotência diante do fraco, daquele que nada tem a oferecer, do moribundo sem família que chora sua própria perda em cima de um leito de hospital e seu único consolo é o beijo da morte, o lençol que cobre seu corpo sem vida. Impotência de estar aqui, já não choro minhas perdas,choro pelas vidas que se perdem aqui pela incompetência e mau uso do dinheiro público.
Sairei daqui eu sei, todo esse tempo entre quatro paredes, entre tanto sofrimento me faz mais forte sabendo das minhas falhas como ser humano serei melhor pois aprendi como a liberdade de ir e vir vale ouro e que ter a mente sadia em meio ao caos é superar barreiras
Entender que não somos nada que a impotência pode bater a nossa porta a qualquer instante nos deixando a mercê de outros, que nossos valores são relevantes quando nossa vida está entregue a outra e dependemos uns dos outros enquanto aqui estivermos.

São Paulo,18 de dezembro de 2009.

Darcy Bilherbeck.

domingo, 14 de agosto de 2011

*** Você em Mim ***


O vento lá fora me faz lembrar você
Meu dia está vazio da tua presença
 Sinto no ar o teu cheiro, teu perfume
Um misto de tristeza invade meu pensamento
E me dou conta do quanto te preciso
Para poder sorrir e achar o sentido das coisas
O prazer de poder olhar os teus olhos
E mergulhar nas profundezas de tua alma
Pois me permites ir além das aparências que nos separam
Onde o teu olhar é a pura extensão da minha plenitude
De sentimentos inacabados e que sem querer
Você os completa dando sentido a minha vida
Sei que somos um dividido em dois
Isso me assusta, pois de repente estou só
Mas o som da tua voz continua
 Nos meus ouvidos sensíveis a você
Que grande ironia
 Teu riso se espalha pelo ar
Que incredulidade a minha achando que me deixarias
Viver de fantasias quando es parte de mim ...

São Paulo, 14/08/11
Darcy Bilherbeck.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Alma

Diante da grandeza de Deus
se rende meu espírito
despido do orgulho mergulha
no mar imenso da sua bondade
sinto calar a dor e o desespero
onde dormia meu espírito aflito
e das profundezas da sua misericordia
renasço curada pelo seu amor
e na fenda da rocha me escondo
do temporal...
Olho para o alto!
onde está o meu Senhor
nas suas asas voo rumo ao
desconhecido de mim.
Sei das minhas fraquezas
do quanto terei de aprender
 trocar minha roupagem


vestir meu corpo e calçar meus pés
aprender a andar...
um novo caminho
que se apresenta quando se tem
a alma lavada e o coração agraciado pela
contagiante presença da luz
que inunda o meu mundo
 iluminanando e dissipando as trevas
sob o céu estrelado elevo meu pensamento
agradecido por ser livre
do meu orgulho e da ignorância
que escondiam meus olhos de ver
as possibilidades infinitas do Seu amor
que sendo eu miserável, pobre e nu
fui alcançada pela palavra de Vida
que embora acreditasse que existisse em mim era apenas o vazio
se fazendo presente.
Hoje meu amor é mais amor, pois sei que habitas em mim
e onde há luz as trevas não permanecem...






São Paulo,29/07/11


Darcy Bilherbeck,

quinta-feira, 21 de julho de 2011

*** Coração ****


Meu coração se ausentou de mim
Por tempo demais
Deixou-me só.
É que te amei demais
Além de mim...
Me perdi
Nos caminhos e atalhos
Por onde te busquei
Quando te ausentastes de mim
Você era razão
Eu paixão avassaladora
Sem medida sem lógica
Você era amor
 Total, presente, constante, pleno
Mas meu egoísmo o sufocou
 E você partiu...
 Meu coração que era teu
O seguiu e não mais retornou...

São Paulo, 03/07/11
Darcy Bilherbeck.

domingo, 3 de julho de 2011

****Manhã de Domingo****



Nossas mãos entrelaçadas
Nossos passos apressados
Nossos corações enternecidos
Nossos lábios mudos de emoções
Calavam nossos sentimentos
A cada passo o encanto do encontro
Naquela manhã de tantos domingos
Embevecidos de saudades
Caminhávamos de mãos dadas
Pelas calçadas alheias a tudo
Completos de amor
Nossos corpos tão próximos
Tudo tão mágico tão divino
Palavras!
Não eram necessárias
Estavam em nossos corpos em nossas mãos
No vento que acariciava nossa pele
Sentávamos abraçados
N o banco do parque a espera do sol
E por uma hora apenas
O mundo era nosso
Repleto de amor e nos bastávamos
Você era o meu amor
O meu mundo... E minha alegria.
São Paulo, 03/07/11
Darcy Bilherbeck.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

**** Você ***


Você veio
durante a noite
Como a lua que surge
vagarosamente
Quando menos se espera... De repente está ali
Brilhando e encantando
Você saiu do subconsciente 
penetrou na minha realidade íntima e noturna
Você...
Misto de real e imaginário
Realidade imaterializada
 Você...
bálsamo, suavidade, afeto, sorriso
Paixão incontida de quem nunca se revelou
Que nunca soube amar.
Você ficou no fundo do inconsciente
Surgiu esta noite
e eu que nunca acreditei que viesse
Que eu merecesse... Chorei
Chorei pela necessidade, pelo saudosismo
Pela compreensão que tivera e hoje não tenho
Chorei... 
Por mim, por você
 por tudo que podia ter sido
e por covardia deixamos o tempo
nos separar...



                           São Paulo, 31 de dezembro de 1988
                                        Darcy Bilherbeck.